domingo, 1 de novembro de 2009

Adeus à paladina

Há alguns anos, montei uma personagem para a campanha de meu amigo Ricardo.
Eu imaginei uma guerreira, uma espécie de Xena, mais jovem (me disseram que eu a desenhei mais com cara da Gabriele).
De qualquer forma, a idéia era montar uma guerreira boa de porrada, algo diferente do que eu criara até então (meu passado como jogadora era mais cheio de magas fraquinhas com o péssimo costume de levar flechadas nos fundilhos).
Assim, nasceu Alana Dufort, uma guerreira mediana, mas cheia de boas intenções.

E, de fato, ela estava tão cheia de boas intenções que o Ricardo me chamou de lado e apontou que, pelo "roleplay", ela não era guerreira, e sim uma paladina.
Aceitei a sugestão de meu mestre, e após algumas suaves modificações no passado da personagem, ela "evoluiu" e adquiriu o status de paladina, com direito e uns "vade retro" em mortos vivos e cura pelas mãos.
A duras penas, consegui levar a personagem ao 3º Nível, onde suas habilidades paladínicas realmente ficaram à mostra, e me senti muito contente com isso.

Infelizmente, o destino fez das suas, e o grupo de jogadores se afastou. Ficamos efetivamente anos sem jogar, e a pobre Alana caiu numa espécie de limbo, tornando-se uma memória querida, mas cada vez mais distante.

E eis que - tramam as estrelas - que aproveitando o feriado prolongado de 12 de outubro, o grupo reuniu condições de encontrar e retomar a aventura, do ponto onde tinhamos parado.
Puxa, fiquei contente com isso.
Imaginei que seria difícil retomar tudo, afinal anos haviam se passado. Nesse tempo, muita coisa aconteceu e eu sei que mudei algumas coisas em mim. Ainda assim, assumi o desafio de reencontrar meus amigos e a minha querida paladina.

E o dia 12 de outubro chegou.... e não foi brinquedo não!
A falta de costume com seus respectivos personagens e, porque não, com o os próprios colegas de mesa, aliado ao eficiente clima de terror da história, somado ao meu já clássico azar na rolagem de dados, foram decisivos para a derrocada da minha pobre paladina Alana.
Alias, admito que eu, pessoalmente, não consegui pegar o jeito da personagem, e não agi da maneira apropriada. As burradas, de fato, mereciam, na melhor das hipóteses, uma perda de status divino.

Certamente o resto do grupo também teve seus momentos de azar nos dados (como exemplo, o pobre anão, que foi fulminado só de olhar para um zumbi das trevas.... argh).

E a soma de todos esses fatores levaram a um conclusivo, decisivo e trágico TPK - total pary kill.
Tradução - adeus paladina, adeus anão, adeus mago-ladino, adeus bela ranger....

Fiquei triste com essa situação. Nunca pensei em perder minha PC dessa forma.
Ao mesmo tempo.... talvez por causa do tempo transcorrido, fiquei meio distante da personagem, e apesar de triste, não fiquei assim tão abalada.

De qualquer forma, este é um post formal de despedida.

Alana, a paladina da Deusa da Cura Heylin, apesar de algumas burradas homéricas, no final teve a chance de dar o último golpe antes de tombar, destruindo o monstro-chefe.
Por essa, entre outras, ela ficará em minha memória com carinho, e deixará saudades.

Adeus, paladina. Que o além RPGístico não lhe seja (muito) cruel.

domingo, 8 de março de 2009

Criaturas das trevas

Meu "primeiro inimigo" foram os kobolds, de longe as criaturas mais
"pestes" do universo RPGístico.
Na minha "vida de aventureira",contudo, kobolds tornaram-se apenas lembranças. Os 'lagartixos de caverna' se tornaram (quase) doces memórias, por causa de outro inimigo que vem me atormentando, muito mais traiçoeiro e perigoso: os drow.
Segundo a wikipedia, "drows são elfos corrompidos que habitam cidades subterrâneas.Os drows possuem a pele escura, variando desde negro-obsidiana até um tom ardósia-azulado, cabelos entre o branco e o prateado e olhos normalmente vermelhos (Drizzt possui olhos cor de violeta)."
Eles não tem parecem ter uma história na mitologia humana como os kobolds. Não que precisem.

Diferentemente dos pestes kobolds, os drow são criaturas para se temer. Afinal, eles tem muitas das qualidades dos elfos, como agilidade e destreza, e possuem uma afinidade com a magia que os torna imunes a feitiços.

Imaginem ter um mago cheio de bolas de fogo no seu grupo, e descobrir que ele é total e completamente inútil contra o esquadrão drow que está na sua frente...

Imaginem estar no interior de templo antigo, e ser cercado por 3 ou 4 drow, escondidos nas sombras, enxergando a todos nós com a habilidade de enxergar no escuro, lançando - todos eles - magias diversas contra os pobres aventureiros...

Sim, meus amigos, eu tive esse desprazer. Minha clériga vem encontrando repetidamente um grupo liderados por um drow chamado Zildrak, cujo nome já deixou marcas amargas entre nós. Cada um do grupo arrumou questões pessoais contra o 'Zildinho', e temos apanhado feio da criatura, que sempre deixa seus acólitos para se baterem contra nós, enquanto continua rumando para completar seus planos malignos, que incluem sacrifícios humanos.

Felizmente, os encontros com os asseclas do "Zildrak' , apesar de mais frequentes do que eu gostaria, tem rendido muito XP para os aventureiros.

De qualquer forma, de tantos encontros, e de tanto ver planos bem bolados cairem frente à resistencia deles à magia, bem como ao caráter malévolo dessas criaturas desprezíveis, é que coloco os drow no clube de 'seres que eu odeio, odeio, odeio.'

domingo, 1 de março de 2009

Criaturas pestilentas


Ontem, ao ler o blog de meu amigo Ricardo, me deparei com uma lista de monstros favoritos, e me vi tentada a fazer a minha própria lista.
Depois, pensei bem e resolvi fazer algo diferente.
Assim, iniciarei textos listando e criaturas que se tornam marcantes, não pela sua graça, força ou poder, mas por serem verdadeiras pestes enervantes.
E a criaturinha que melhor se encaixa nesse definição é o KOBOLD.

Em nossa realidade, Kobolds são criaturinhas do folclore alemão. São fisicamente mais parecidos com fadas, mas maiores. Eles vivem em casas, e costumam ajudar seus moradores humanos. Gostam também de pregar peças, sumindo com coisas, por exemplo.
Digamos que Kobolds são os ‘sacis germânicos’.
Há três tipos de kobolds – o ‘caseiro’, o que habita navios, e os que vivem em lugares subterrâneos, especialmente minas.
Pelo que pesquisei, os mineradores de cobalto não sabiam que a extração de cobalto exala materiais tóxicos, e colocavam a culpa pelos problemas de saúde que tinham nas criaturas místicas. Aliás, a palavra “kobold” tem origem na palavra cobalto.

O pessoal responsável pelo Livros dos Monstros de D&D não devem ter ouvido falar dos outros tipos de kobolds, e acabaram descrevendo seres que lembram apenas o terceiro tipo: vivem em cavernas, tem medo doentio de todas as outras criaturas, são traiçoeiros e especialistas em mineração e montagem de armadilhas. A aparência deles lembra répteis humanóides, e os danados se acham descendentes de dragões.

Como são fisicamente frágeis, kobolds trabalham sempre em equipe. Armam emboscadas, e, várias vezes, acabam levando aventureiros incautos diretamente ao covil de criaturas muito mais poderosas. Se os kobolds não podem destruir o grupo, com certeza sabem quem pode fazê-lo.

Kobolds estão entre as criaturas mais fraquinhas no universo D&D, por isso mesmo estão entre os seres mais facilmente colocados como adversários de personagens de baixo nível. Se o mestre quiser, eles poder dar muito trabalho para os jogadores, jogando sujo o tempo todo, e usando seu maior número e união para causar o máximo de dano (e trauma) possível

Não conheço nenhum jogador que, entre o 1-3 nível, não tenha encontrado nenhum kobold em uma aventura.
Eu mesma tive a minha cota de kobolds, na primeiríssima aventura na qual me engajei. E ainda tive a suprema humilhação de receber uma flechada nas nádegas de uma dessas pestes.
O meu desgosto em relação aos kobolds só não é maior porque encontrei UM kobold do qual eu gosto – KABOF, o companheiro da licontropa Puck, a devoradora insaciável.

Digamos que só a ideia de estampar um pijama com a imagem do Kabof foi o suficiente para desmoralizar completamente os kobolds na minha mente.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

honoráveis pais....

sua humilde filha está arrasada.
Nossa missão não foi cumprida da maneira esperada. Pior, ela saiu completamente de nosso controle.
Pedi secretamente a Lorde Nykerinus que lhes mande esta mensagem, pois não sei quando poderei voltar para casa. Nossa missão já nos tomaria muito tempo, e agora....
Sinceramente, honoráveis pais, não sei se merecemos voltar para casa.

Como sabem, eu me juntei a um grupo, e recebemos uma missão importante, sobre a qual não posso dar detalhes. Mas, para que possam entender o tamanho da tarefa, lhes informarei apenas os ultimos acontecimentos.

A ultima tarefa que recebemos parecia ser simples: deveriamos nos fazer passar por missionários, e seguir para uma pequena cidade cravada num vale, cercada de belas montanhas.
Tal cidade estaria supostamente recrutando guerreiros para servir à interesses excusos. Nós deveríamos colher informações sobre esse tal recrutamento, e, além de obter informes relevantes à nossa missão principal, também deveríamos, se possível, obter uma amostra de um pó mágico, trazido de um mundo estranho ao nosso, chamado 'pouvura', ou algo parecido.
Soubemos que esse pó mágico pode causar explosões mais destruidoras do que uma 'bola de fogo' lançada por magos de alto nível.

Até certo ponto, nossa missão corria como esperado: nos inscrevemos na arena da cidade, angariamos algum dinheiro e demonstramos nossas habilidades de combate. Copper Fangs foi o único que não quis lutar, preferindo apenas assistir as lutas da arquibancada da arena.
No final da batalha campal, nosso grupo se saiu vitorioso, com a ajuda de um arqueiro elfo extremamente hábil, e o improvável apoio de um enorme minotauro.
Posteriormente, descobrimos que o jovem elfo se chama Malakaus, filho de um bravo general de seu povo, que, para se redimir de uma falha, resolveu também correr atrás de informações sobre a tal 'pouvura'. O minotauro - acreditem, honoráveis pais - estava em desgraça, e nem nome tinha. Meu grupo, por conta de seus atos na batalha campal, acabou lhe dando o nome de Brarena - o Bravo da arena.

Nosso grupo parecia estar seguindo pelo caminho certo, e agora com valiosos aliados - o elfo arqueiro e o minotauro. Infelizmente, enquanto tentávamos obter um pouco da tal "pouvura" para ser analisada pelos nossos aliados, descobrimos o verdadeiro poder desse pó magico infernal.

Pelo que sei, Copper Fangs conseguiu entrar num depósito e achou o pó destrutivo. Ele recolheu algumas esferas contendo tal pó. A seguir, ele resolveu destruir o tal deposito, e pensou em usar o próprio pó para isso. Ele despejou o pó negro no solo, e o incendiou com uma tocha.

Honoráveis pais, eis a tragédia. Vocês já testemunharam o uso de "bolas de fogo", sabem como elas causam estrago. Pois, ainda assim, vocês não podem imaginar .... a tal "pouvura".... pai... mãe... simplesmente a cidade, cravada no vale, não existe mais.

Sim, sei que parece loucura. Mas juro pelos meus ancestrais que testemunhei as montanhas simplesmente desabarem sobre a cidade, tal foi a força da explosão do depósito onde estava a 'pouvura'.
Somente fomos salvos da destruição porque, quando percebemos o tamanho da avalanche que iria nos soterrar, tivemos a sorte de encontrar um mago muito poderoso, que usou algum tipo de magia e nos transportou para um lugar seguro.

Infelizmente, o resto da população não teve tanta sorte. Sim, é bem verdade que ali haviam guerreiros crueis, prontos para lutar ao lado de nossos inimigos, apenas para se divertirem.
Mas também haviam mercenários buscando o seu sustento. E haviam comerciantes, mulheres e crianças, seguindo seus companheiros numa vida incerta. E agora estão todos mortos.

Lorde Nykerinos já sabe do ocorrido, e nos disse que as informações obtidas - apesar da tragédia -são muito valiosas. Os reinos aliados serão informados, e usarão a amostra obtida por Copper Fangs para estudar o pó maldito e - queiram os deuses - conseguir neutralizar esse poder
Se nossos inimigos resolverem usar tal poder contra os muros de Aquilânia ou de qualquer outro reino amigo.... tremo só de pensar.

Como podem imaginar, mesmo obtendo a amostra, Lorde Nykerinos não ficou nada contente com o ocorrido. Nossa missão sob disfarce foi - perdão pelo termo - pelos ares.
Copper Fangs não sabia o real poder destrutivo do pó negro, mas foi quase estupído para brincar com algo desconhecido. Nós também falhamos e não pudemos fazer nada para dete-lo.

Lorde Nykerinos agora nos enviou para uma missão de penitencia, já que, mesmo sem querer, causamos a morte de incontáveis inocenes. Não ganharemos gloria ou experiência para completá-la, e digo que, se eu sair dela viva, talvez seja o sinal de que os deuses nos perdoam.
Apenas não sei se poderei eu mesma me perdoar.

Assim, honorável familia, me despeço. Não sei se voltaremos a nos ver.
Caso eu sobreviva à minha penitencia, retomarei nossa missão original
E espero que, ao completa-la, possa me redimir dos erros cometidos até a agora.

De sua mais humilde serva e filha
Tenten

Carta da Ladina - parte III

Honorável família.
Novamente mando notícias. Como sempre, não posso - ao menos por ora - dar maiores detalhes sobre minhas aventuras. Sei que vocês compreendem minha situação.
Escrevo apenas para avisa-los que estou bem, bem como que vou demorar para poder mandar noticias.
Nosso grupo seguirá possivelmente direto para o coração das linhas inimigas.
Mas não se preocupem. Apesar do grupo não estar ainda muito entrosado, já conhecemos as principais qualidades uns dos outros o suficiente para não causarmos problemas entre nós.
Apenas peço que orem à nossos ancestrais, para que nos abençoem nessa nova empreitada.
Humildemente me despeço.
De sua filha e mais humilde serva,
Tenten

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carta da Ladina - parte II

Honorável família, sua filha e mais humilde serva manda notícias.

Como sabem, eu assumi uma missão importante, sobre a qual não posso tecer maiores comentários. Se entendi corretamente, todos os envolvidos foram magicamente unidos de maneira e não podermos, mesmo que quisessemos, trair nosso objetivo principal. Imaginem apenas que, para que tal cuidado ser tomado por nossos contratantes, trata-se de uma missão da mais alta importancia.

Apenas para tranquilizá-los um pouco, vou falar brevemente sobre meus colegas de jornada.
Há um guerreiro, um elfo purpuri chamado Riran. Com certeza, uma figura de aparencia exótica, de pouquíssimas palavras. Me pareceu ser determinado em combate, como se espera de um verdadeiro guerreiro.

Há um jovem humano no grupo, chamado Thomas. Ele tem traços muito delicados, quase élficos, mas insiste em fazer "cara de mau" o tempo todo. Claro, não convence ninguém.
Eu achei inicialmente que era um bardo, mas percebi que ele é, na verdade, um ladino. Um daqueles que dão má fama à classe. Apesar disso, ele é muito hábil para encontrar armadilhas e as desarma facilmente. Creio que poderei aprender alguns truques com ele.

Thomas tem um amigo, chamado Lienad, um meio-elfo. Também pensei que era um bardo, afinal, somente bardos tem coragem de usar roupas berrantes, chapéus cheios de plumas e coisas assim. Novamente me enganei. Lienad me disse ser um homem do mar e de aventuras, que na terra dele tem um nome complicado e impronunciavel - suachibucler, ou algo que o valha.
Lienad e Thomas são nascidos em Puerto Libre (sim, honoráveis pais, aquela terra de foras da lei e piratas). Ainda que seja aconselhável manter a bolsa de moedas bem vigiadas, os dois já demonstram que, numa luta, são confiáveis.

Nicole Kirsch também está conosco. Sei que talvez ela não seja a companheira de viagem que vocês, honoráveis pais, gostariam de ver comigo. Vocês a conhecem tão bem quanto eu, e sabem que ela sempre gostou de uma boa briga. Não é à toa que, ao crescer, ela tenha se tornado uma clériga do deus Kord. Apesar de um tanto intempestiva, ela é uma excelente lutadora, tem treinamento militar, e não deixa uma luta nunca. E eu já a conheço a tempo bastante para saber o que não devo falar perto dela, para não ser lançada contra uma árvore.
O restante do grupo também já está aprendendo a 'pegar leve' com ela, para evitar os lançamentos contra troncos aprimorados da Nick.

Infelizmente, há alguém no grupo um tanto estranho, um humano chamado Copper Fangs. Ele insiste que pertence a um nobre clã, mas eu nunca ouvi falar na "renomada familia Fangs".
Ele é um feiticeiro - alguém que pode conjurar magias sem ter ficados anos estudando para isso.
Se entendi direito, esses tais feiticeiros nascem com afinidade com a magia. Ele tem um grimório, mas não age como os magos que costumamos ver em Maryland.
Por não ter a disciplina dos magos - ele não precisa ficar estudando noites à fio em bibliotecas para absorver conhecimento arcando - Copper Fangs age de maneira muito pouco cuidadosa. Ele é o único do grupo que não me deixa tranquila. Sinto que suas entradas trinfuais, balançando loucamente a capa, como ele diz, de maneira 'estilosa', ainda pode nos colocar em encrenca.

E temos a mim, claro. Não sou fisicamente forte, mas sou a mais ágil de todos, e meus talentos para abrir portas, achar armadilhas, e obter sorrateiramente informações são muito úteis. Minha aparencia também parece ajudar - pouquíssimas pessoas conhecem pessoas naturais de Hokugan, e meus olhos verdes parecem fascinar a muitos. Contudo, tenho evitado ficar muito visível. Primeiro, porque a discrição é a alma do trabalho de uma ninja. E segundo, porque não sou tola a ponto de me tornar um tipo de alvo.
Fiquem tranquilos, honoráveis pais: sua filha tem se cuidado direitinho, e contado com o apoio de seus colegas sempre que necessário.

Como vêem, não é um grupo perfeito - não temos um único guerreiro entre nós, por mais que Nicole seja forte e adore bater nos inimigos.
Temos pouca capacidade de luta, é verdade. Mas é um grupo talhado para infiltrações, pesquisas e obtenção de informações.
Lienad parece ser o carisma em pessoa, e com facilidade faz as pessoas se abrirem e falar sobre quase qualquer coisa.

Termino por aqui, honorável familia. O mensageiro já bate à entrada da tenda. Logo, partiremos para uma nova fase da missão.
Novamente, não sei quando poderei escrever novamente.
Oro para que nossos ancestrais velem por mim, assim como a vocês.
De sua mais humilde serva, e filha bem amada

Tenten

Carta da Ladina

Honorável familia, sua filha e mais humilde serva escreve esta pequena nota, pois não sei quando poderei mandar noticias novamente.

Como sabem, deixei nossa casa com a intenção de aprimorar as técnicas de "obtenção de recursos e informações" que já tenho.

É triste que algumas pessoas pouco informadas insistam em chamar quem as domina como 'ladinos' ou mesmo ladrões.

Com certeza, não entendem como é vital que alguém domine a arte de abrir fechaduras, procurar e montar armadilhas, se manter quase invisível para poder ouvir o que os inimigos planejam contra si, ou contra aqueles a quem juramos proteger.

E é para aperfeiçoar essas técnicas que seguirei um grupo que está se formando, e que recebeu uma tarefa sigular.

Infelizmente, não posso dar detalhes sobre a missão - discrição é a meta principal de alguém que, como eu, deseja se tornar uma lendária ninja.

Apenas os tranquilizo, honrados pais, afimando que os deuses estão velando por nós, tanto que sentimos em nossa pele a força de um verdadeiro pacto sagrado a nos proteger.

Me despeço por hora, venerável familia. Tao logo seja possível, mandarei notícias.

De sua humilde filha,

Mei Ling Bonaducce
PS - A propósito, não usarei meu nome enquanto estiver em missão. Caso precisem enviar alguma mensagem para mim, usem meu apelido, Tenten.